Um espaço com críticas e humildes sugestões além de casos, acasos e descasos da vida.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É feliz quem vive aqui? Ou lá?



Como será morar em um lugar onde você pode deixar seu bebê no carrinho, tomando um banho de sol na calçada enquanto você entra na mercearia para comprar algumas coisinhas, paga algumas contas no banco ou simplesmente senta para tomar um café? É, os pais dinamarqueses já ouviram falar em roubo de crianças e pedofilia, mas é algo tãaaao distante... eles nem sabem em que noticiário de que país ouviram falar destas coisas.
escolher profissão pensando na grana que vão ter de retorno depois... que absurdo! Os dinamarqueses trabalham no que gostam porque as diferenças salariais entre as profissões são muito pequenas para influenciarem na escolha.
"Bom, mas pra trabalharem no que gostam e receberem um bom salário eles devem trabalhar 20 horas por dia e mal devem ter tempo para os filhos e cônjuges".

Ok, ok, os invejosos (eu) diriam isto em um ataque de fúria por trabalharem no que não gostam só pra ganharem uma graninha a mains. Mas pelo contrário, por volta das 16:30h eles pegam suas bicicletas, saem do trabalho e vão ao mercado comprar comidinhas para o jantar do dia e para o café da manhã e o almoço EM FAMÍLIA.


"Uiiii, tanta perfeição... devem ser muito metidos e totalmente deprimidos, não dá pra ser perfeito assim."

Bom, vocês já devem imaginar que é outra lorota do invejoso. Em pesquisa feita por não sei quem (mas pelo visto muito séria) os dinamarqueses foram apontados como o povo mais feliz do mundo.
Algo em torno de 50% a 60% dos seus salários são revertidos em impostos e isso os deixa muito tranquilos porque com este dinheiro eles pagam um sistema de educação e de saúde de primeira qualidade. Com uma boa educação o país praticamente extingue a figura dos marginalizados, o que é fundamental para que os pais possam ter a tranquilidade de deixar seus bebês em segurança na porta de uma mercearia.

Os mais impacientes vão me perguntar porque eu não vou morar lá então. Estou certa?

Bom, na verdade eu queria que o MEU país fosse assim. Talvez eu nem tivesse competência para conseguir um lugarzinho lá na Dinamarca, mas mesmo que tivesse e que eu morasse lá eu teria vários sentimentos de pesar que talvez não coubesse citar agora.
Ah, antes que eu pense que tudo lá é lindo e maravilhoso: sei que deve existir algum defeito (eles devem ter os pés chatos) mas o que repito mil vezes que admiro é a baixíssima desigualdade social e a admirável (e consequente da desigualdade) capacidade do país poder fornecer ao cidadão as necessidades essenciais para uma vida digna e feliz.

3 comentários:

Anônimo disse...

voce conheceu alguém chamada joésia cardoso?

Aline Leal disse...

Não conheci

Joésia Cardoso disse...

Eu não sei se sou a Joésia Cardoso que perguntaram, mas sou jornalista, nascí e me criei em Teresina no tempo do Baloon Center e estudava no Sinopse. Moro em Palmas - Tocantins há 12 anos.

Abraços fraternos

Joésia Cardoso